Não me apresso, só atravesso a ponte, sem ressuscitar as partidas. Vivo do que cabe no caminhar, do ajustável ao meu rumo.
Estico esse fogo genuíno, aqueço as mãos com um pouco de coragem e termino adormecendo com os vestígios da luz acesa, sua face retratada sobre a cama se desfaz entre os formatos perfeitos das promessas não corrompidas, o irrevogável gemido rouba da boca a línguagem de outro começo. Dia após dia o coração cheio de marcas vai sendo moldado por notas compostas daquilo que chega. Aos poucos sinto-me que habito no eterno e essas ondas revelam que sou fortaleza, as doses de tempestades torna-me mais peculiar nos artifícios da vida, permanentemente arte.
Ana Morais
4 comentários:
Muito bonito este texto. E é isso, o tempo e as tempestades adestram a alma. As marcas permanecem, mas a gente prossegue. Após cada tempestade, volta o sol e continuamos.
Beijo.
Aos poucos a gente molda algo que possa parecer real.
é sempre um prazer e aprendizado vir aqui!!
maravilhosa escritora vc é!!
texto magnifico, vc eh uma pessoa cheia de sentimentos bonitos!!!! :D
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