Secretamente sinto a vertigem nas horas mais erradas.
O traço da falta matriz derruba todo o muro construído pela razão.
Me envergonho dessa melindrosa fantasia.
Me envergonho dessa melindrosa fantasia.
Além do cansaço, vem a vontade de alcançar o inalcançável.
Nessa cidade cinza não acho mais aquele olhar,
E nas ruas, busco “pedaços-cacos” que me fazem lembrar a tua maneira.
E nas ruas, busco “pedaços-cacos” que me fazem lembrar a tua maneira.
A febre arde nos lençóis encharcados.
Meu leito dói no peito.
Grito percebendo que de nada adianta.
Minha falta não te derruba da cama.
E a angústia vai mudando de ângulo, pegando o trem para a garganta apertada.
Suspiro e respiro, repetindo feito mantra:
Suspiro e respiro, repetindo feito mantra:
Oh Deus,
Só queria trilhar os caminhos e chegar até o enrolar de um abraço que me deixasse uma impressăo cravada.
Só queria trilhar os caminhos e chegar até o enrolar de um abraço que me deixasse uma impressăo cravada.
Ou enfim, ao fim de todo o embaraço, laço, estardalhaço...
Ana Morais
13 comentários:
Tudo aqui é maravilhoso, toca na alma... tenho sorte em ler cada coisa que coloca nesse cantinho, ser de luz, menina linda e especial!!!
beijos minha escritota
Lindo,lindo nao so esse.....
os outros sao tao cheios de clareza pra quem ler seu ser!!
vou ficar te acompanhando por aqui, minha querida!!! bjos cheios de afeto da Monica Luiza
Nossa! Que poema lindo... Daqueles que deixam a voz do coração embargada.
Vim aqui retribuir a visita e dizer que vou ficar, pois gostei demais daqui. Feliz por você ter me encontrado, assim pude encontrar você.
Vou adicionar um link lá no meu blog para não perder os seus passos.
Beijos e até breve.
Ahhh! Respondi ao seu comentário lá no meu blog.
Muito obrigada pelo lindo cometário que deixou, viu?
Beijos
Olá Ana...
Agradecendo e retribuindo a visita e o comentário (além de seguir...) lá no meu cantinho do Irmão das Estrelas...
Li alguns textos seus...magníficos, coisas pessoais que tocam o impessoal e a outréns...Parabéns...
Um beijo carinhoso e Deus te abençoe !
Tudo virou demasiado concreto. O viver é raro.
Que lindo Ana! Realmente é dolorosa demais a perda o e "ter" que esquecer... Beijos.
Doeu aqui.
* Passando para conhecer o teu blog. ;)
Um beijo.
Oi, Ana, bom dia!!
A vertigem nas horas mais erradas se faz mais vertigem em tanto mais horas porque quem amamos não cai da cama por nossa falta – ao contrário, dorme mais sossegadamente... Um lindo poema! Uma linda queixa! Belíssima marcação de sons, belas sinestesias... Em resumo: encantador.
Tenho pensado que o amor nos pega no contrapé de todo orgulho, de toda serenidade, de toda firmeza – ele se impõe à custa de nos depor do comando de nós mesmos...
Um abraço carinhoso
Marcelo Bandeira
Fico maravilhada a cada novo post. Sempre venho nesse lugar tão belo!!
bjs menina luz
Olá Ana
Obrigado pela visita ao meu blog e pelas palavras lá deixadas.
Lamento o tempo que demorei a responder e dizer que o tempo me falta seria repetir-me.
A vida nem sempre nos permite viver como gostaríamos e as obrigações condicionam-nos.
É a canseira de quem tem que sair, viajar, para ganhar a vida. Sempre pensamos que nessa viagem podemos guardar uns momentos para responder e visitar os seus blogs mas sempre nos deparamos que não dá pois tudo seria momentâneo e feito sob grand cansaço e essas condições não permitem deixar as palavras que os blogs merecem.
Hoje, com tempo, debrucei-me sobre este magnífico espaço e deliciei-me com uns textos que apetece reler.
Gostei imenso e só não comento um a um porque o tal tempo me condiciona.
Mas deixo este comentário, digamos que colectivo, a mostrar o grande apreço.
Foi um momento bom.
Beijinho
Chris Morris
Lembrei-me de um fragmento de Eng. Hawaii: "destrua a razão neste beco sem saída"
Porque a falta dói... e fala mais alto.
Bjs doces
fico relendo e acho tao intenso, cheio de emoção!!
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