Oblíqua é essa
alma
alma
pendente a
cicatrizes
que se ramificam
a uma dor antiga
cicatrizes
que se ramificam
a uma dor antiga
a ações
articulações
ardidas,
e ela dói
dói
mais em um dia frio
debaixo de um guarda-chuva
onde o rasgo da mente
mente e
engana a gente
faz conta com o tempo
e tudo diminui
subtrai
em cada enrolar das calçadas...
E embaixo do céu
coberto
de turvas nuvens
que persistem
em serem cinzas
tudo em mim
parece
oco.
(Ana Morais)
15 comentários:
Quando a pele já não dá conta de abrigar aquilo que nos tornamos.
Dor doída, sim, Ana.
Um beijo.
Para preencher uma alma é preciso uma vida.
Às vezes, existir dói. Mas o que seria do poeta sem as dores do mundo? Para traduzir os sentimentos é necessário vivenciá-los integralmente... E desfazer nós apertados, pode até machucar os dedos, mas não lhe impede de tocar a vida para sentir a sua textura.
Que o vento sopre paz e o amor lhe conforte, como deve ser...
Beijos, querida poetisa
É tão ruim quando esse vazio (oco) vem e some com as palavras.
Descrevendo assim o vazio ele até parece bonito.
Gostei muito dos últimos posts
beijos ana
quero um livro, poetisa!!
Mas tudo que é oco pode ser preenchido, por isso trago cores nas mãos, vamos pintar as paredes?
Muito bons teus poemas, autenticos, diferentes do que estamos acostumados a ver por aí. :)
Beijoss..
...mas quem tem uma sensibilidade assim o oco, é só aparente!
bj
E assim são os nossos dias: vezes ocos, vezes transbordando.
vc eh muito intensa e talentosa, menina ana!!
só está no começo da sua vida de escriora e já é muito brilhante!!
Lembre-se que mesmo em estado de 'oquidão' instrumentos músicais geram lindos sons e assim também pode ser com os seres humanos nesse estado... podem gerar lindos sentimentos para serem germinados em suas ' paredes'.
Beijo Terno e Fraterno Abraço
lindo e profundo!
saudades
ahh as cicatrizes que vezenquando ainda insistem em doer ..
boa semana querida
Quando o vazio me alcança, eu fico num canto ouvindo músicas e pensando em Campos como se o indagasse sobre a existência de seus versos. Que viagem. rs
bacio
Ana,por vezes encontramos desertos no caminho...
Mas temos o tempo do oásis,onde tudo refresca e preenche a sede de vida.
Fique tranquila...
Beijo no teu coração.
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