A fonte secou
só penso o que não
pode ser dito...
Afinal
o que escrever
quando a vida pede pressa
e o cesto da colheita
está vazio?
Se tudo o que
coloco no papel
coloco no papel
não passa de uma alucinação
se o sinal fica fraco
a cada deleitar
se nenhum fruto foi apanhado
nem uma palavra
faz sentido
se a jornada se torna cansada
e estreita ao que imagino?
(Ana Morais)
6 comentários:
Ana,
Uma leitura do que ocorre hoje em nossa sociedade, estamos tão apressados que esquecemos a dimensão poética da vida.
Abraços sempre
Apesar dessa pressa da vida e do vazio das colheitas, vale a pena semear poesia... porque há sempre alguém que gosta do seu fruto.
Eu gostei do teu poema, é magnífico.
Bom resto de semana.
Beijo.
sua escrita é divina, tem um dom de poucos e pra ser sincera a você... você me renova a cada leitura!!!
quero um livro seu e sua fonte nao secou, minha doce menina!!!
Há momentos que o vazio se faz necessário e até essencial. Mergulhar no vazio pode parecer ruim, mas é lá que se encontram as palavras e a poesia. Tudo a seu tempo.
Muito bom o poema, Ana. Quem já não se sentiu assim?
beijo.
Calar e sentir, Ana. E chorar, claro, pra secar de vez.
Encantada, sempre, aqui.
Um beijo.
Pois basta apenas o aroma das águas pra fazer florescer fruto novo...
Permita-se receber da vida águas novas!
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