sábado, 24 de julho de 2010

não posso vê-lo,

Ainda queria tê-lo por perto. Sentir meu ar ir embora diante dessa sua presença, sentir meu coração pular com seus beijos, abraços, com suas mãos percorrendo meu corpo. Eu queria precisar de você com essa sua loucura, com esse seu modo tão estranho de ver a vida, com esse jeito tão esquisito, que não consigo entender. Durante essa manhã acordei com uma vontade de chorar, parece que a cabeça não quer aceitar “essa ausência com sua presença”, ela não quer entender essa contradição, preciso afogar isso nas lágrimas durante esse tempo lento, de uma forma certeira, pra não mais voltar.
Ainda queria te ter em meus braços, falar e fazer bobagens, escutar músicas novas, filmes, mas preciso aprender a me manter cada dia mais longe. Agora com o sol me acordando muito cedo, me veio suas imagens, meu sono me abandonou com uma exatidão de segundos. Eterna linha que nos separa, o fino laço que aqui ficou, ainda me faz reclamar muito, ainda me faz lhe desejar demais. Almejo pra mim um melhor estado de espírito, não esse que respiro. Só assim o que irá permanecer será as boas lembranças, O agora não pode ser saciado, essa espécie de desejo contínuo que jamais pode ser salvo, resgatado.


Ana Morais

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