segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Esse inverno pede pra ser vivido, sentido, e mais um se vai, perdido... Apenas rimas permanecem, versos escondidos, rascunhos.
Não há adjetivos agora que esclareçam em tempo real o que se sente quando não se vive um dia, apenas um dia. Fecho meus olhos para não lembrar, tento retocar meu rosto para alguns, mas o meu canto tem a mesma cor, o mesmo som, a mesma dor, a mesma falta.
Ele sempre me segue, no frio que sinto, no sonho que vivo, nas lembranças que deito, no imprevisível, no previsível. Tento fugir do passado, alcanço o presente, cubro as horas de planos que mal planejo. Desejo o que ainda não vive, pressinto e perco.
Perco a noite que não durmo. Perco a saudade, perco tudo, parece sina.
Preciso de doses de paciência.

Ana Morais

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