quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Só falha essa ligação.

Há uma urgência de mudar a estrada.
Por não ter mais desvios que findam em sorrisos.
Qualquer instante agora na tua presença, iria salvar uma alegria inteira.
Mas só resta na estante uma saudade que eu não esqueço, que não cede.


Ana Morais

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Em um "sempre" que não é agora. As linhas irão se cruzar e o meu futuro irá se perder no seu. Sem fim.
Me permito sonhar também.

Ana Morais

fazendo amores.


Quem pode parar o tempo?
Quem pode fazer ele esperar?
Quem pode me calar em um abraço?
Quem pode levar de volta a palavra "retirar"?
Quem pode me responder: "Se não era pra ficar, por que é que chegou e foi embora?"
Quero o que te leva e traz, quero te carregar no ventre dos minutos, fazendo amores.

Ana Morais

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Entre eu e eu.

Paro em horas mórbidas, penso no “tarde demais”.
E como quem não quer nada, começo a aceitar os doces que os dias oferecem.
O vento agora a noite parecia se encaixar com o meu rosto, brincou com os meus cabelos, balançou a minha alma e se deixou escapar, entre as janelas.
Alguma coisa ficou, entre eu e eu.
Preciso dar certo, hoje repito com muito vigor.

Ana Morais

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Traga-me.


Nesse momento, eu imploro que alguém salve a minha parte mais doída, que salve meus dias, que me dê saídas.
Que coloque o tempo longe de qualquer espera ou incerteza.
Quero portas abertas, novos ares. Quero o que vem por inteiro, derrubando todas as tristezas, com o verbo “mudar” como lema e que além dele venha a esperança da estrada que ninguém nunca caminhou.

Ana Morais

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

guardo.

Guardo, pra não dizer, só por dizer.
Todos os dias estão sendo de silêncios íntimos, suspiros e ausências.
Guardo meu mundo.
Guardo a sua espera.
Pra (re)lembrar.
Pra ver se o coração suporta esse tempo, que só deixa essa fome pra depois.
Guardo lembranças, como chance.
Um olhar, um gesto.
Uma única certeza que me acompanha, é que não espero os caminhos cruzarem.
Talvez seja uma forma de sair, sem encarar o meu medo.
Guardo aquele último olhar.
Lembro que seu abraço me valeria muito agora.

Ana Morais

se soubesse.


As faltas estão no que penso,
Como um cego, não vejo a dimensão que isso me atinge.
Sobra uma pressa e um choro incontido,
Dobro o meu corpo, ao saber do impossível,
as partes dos meus versos se tornam tristes.
Errei por querer mais que a mim, mas também por ter amor.
Só assim saberia que poderia fazer durar.
Por não querer desistir, insisti.
Ao teu lado, qualquer coisa parecia comigo.
Até então a cura não veio. Mas é hora de compor novos caminhos.


Ana Morais