Quanto menos te vejo
Pequena, grande desconhecida Eu entrarei desalmado em tua vida
Deixaremos marcas e feridas
E jamais lembraremos de esquecer
Então minh’alma há de florescer
Quem irá de fato enaltecer
Pensamentos e detalhes do teu dia
Tenho até bons pressentimentos
Coisas que penso e mal acredito
Frases que digo e não alimento
Partes traçadas de meu sentimento
Configurando então de avanço tal
Pra quem outrora sentiu-se tão mal
Com o gosto amargo do momento
Tu és anjo da lua embalsamada
Uma loba da noite estrelada
Uma donzela longe de meu coração
Que noite! Que estrela! Que calor!
Como é doce essa ardente ilusão
És bela desde a concepção
E entre os frescores do vento
Da noite um leve relento
Quero viver um momento
E morrer contigo de amor
Vou me emaranhar por entre os teus cabelos
Te abraçar, afastar teus pesadelos
Olhar a lua, o mar, o sol
E quanto mais ficar contigo
Mais sei que corro perigo
De nunca ficar melhor
Rafael de Vasconcelos Silva
Dedicado à Ana Morais
Em 07 de Abril de 2011