segunda-feira, 26 de julho de 2010

fruto insano.

A estrada segue só por uma direção, a mente com um fruto insano que reflete a ausência da velha razão e seus lábios ainda ficam persuadindo as minhas verdades. Em alguns momentos parece que abortou um pouco da sabedoria que me restava. Virei vítima, fruto dessa pele camuflada, vítima do falso domínio. Hoje, nesse domingo, enquanto o cobertor aquecia meu corpo entediado, permiti que meus olhos projetados por pensamentos empoeirados alcançassem aquele espírito banhado pela divina luz de um dia de sol na praia. Quero arrumar a desorganização que se tornou meu dia-dia, abandonar a gramática, esquecer de virgulas, pontos e viver melhor o meu anoitecer sob olhares pra esse novo céu que tanto tenta se mostrar. Não quero ser mais rima, nem verso. Serei tempo. Desejo. Verdades minhas. Caminho e escolhas. Serei o que pressinto.

Ana Morais

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