quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

arrastadas;

Minhas horas andam tão cheias de esperas, arrastadas, cansadas.
Os choros não sabem mais por onde escorrer.
Meu olhar não tem sossego.
Me tranco, mas por algum tempo vejo que deixo passar mais um dia.
Sentindo a mesma falta, nessa rotina sem paz.

Caminho, me preservo tão minha, que não sobra espaços.
Ando sem permanecer num abraço, não consigo morada em outros braços.
E só penso multiplicar aquela alegria que senti.

Não caibo mais em mim, me dói tanto, em nunca me prender.
Preciso me lembrar, cair no teu pensar, no teu corpo...
Não posso ser miúda assim.
Me afogar, não mais, chega de tristezas sem fim.


Ana Morais

2 comentários:

iasmin999 disse...

sentimento a flor da pele!

Ana Morais disse...

As portas estão sempre abertas, volte sempre!